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Postado em 13 de Fevereiro de 2018 às 16h30

HIV E HPV: Transmissão, riscos e prevenção

Elisa - Análises Clínicas Na semana passada lançamos no Blog do Elisa uma série de posts sobre as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), falando sobre os meios de transmissão, riscos à...

Na semana passada lançamos no Blog do Elisa uma série de posts sobre as principais Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), falando sobre os meios de transmissão, riscos à saúde e formas de prevenção (Veja o primeiro post). Neste segundo post começamos a aprofundar as informações, iniciando pelo HIV e o HPV. Boa leitura!

AIDS (vírus HIV)

A AIDS é uma doença infecciosa transmitida por um vírus chamado HIV. Para se ter AIDS é preciso estar contaminado com o HIV, mas ao contrário do que muita gente pensa, ser portador do HIV não é igual a ter AIDS. Para o diagnóstico de AIDS é preciso, além da presença do vírus, a coexistência de doenças causadas pela imunossupressão (baixa imunidade).

O HIV age infectando e destruindo os linfócitos, células que fazem parte do nosso sistema imunológico. Este processo de destruição é lento e gradual, e os pacientes costumam permanecer assintomáticos por muitos anos. Isto significa que as pessoas podem ser portadoras do HIV por muito tempo sem necessariamente desenvolver a doença AIDS.

A AIDS surge quando o número de linfócitos torna-se muito baixo e a quantidade de vírus no sangue (carga viral) muito alta. Com poucos linfócitos viáveis, o organismo se torna mais vulnerável a infecções, ficando susceptível a diversos tipos de vírus, bactérias, fungos e até tumores.

SINTOMAS – O vírus HIV em si provoca poucos sintomas. A gravidade está nas infecções oportunísticas, aquelas que se aproveitam da fraqueza do sistema imunológico para se desenvolver.

Todavia, o HIV em alguns casos pode também causar sintomas. Logo após a contaminação pelo vírus podemos ter um quadro chamado de infecção aguda pelo HIV, que nada tem a ver com a AIDS. É um quadro semelhante a qualquer virose comum, que ocorre por uma reação do corpo à presença de um vírus novo. Esse quadro pode apresentar febre alta, inflamações na garganta, úlceras semelhantes à sífilis, manchas vermelhas na pele, aumento das ínguas, dores articulares, musculares e cefaleia, emagrecimento, entre outros sintomas.

Não existe um quadro clínico único da AIDS. A apresentação clínica vai depender do tipo de doença que se desenvolver e os órgãos afetados. As doenças mais típicas da AIDS são a candidíase de esôfago, a tuberculose (que na forma pulmonar pode ocorrer também em pessoas sem HIV), o sarcoma de Kaposi, a toxoplasmose cerebral, a pneumonia pelo fungo P.carinii e a citomegalovirose.

TRANSMISSÃO – Há muitos mitos e dúvidas em relação a transmissão da AIDS. Por isso, é bom reforçar que o HIV só é transmitido de modo relevante através de relações sexuais desprotegidas ou compartilhamento de agulhas infectadas.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO – Aquela imagem do paciente com AIDS, caquético, cheio de lesões de pele e candidíase oral, já não é mais tão comum. O tratamento avançou muito nos últimos anos e boa parte dos doentes mantém seus níveis de CD4 elevados, impedindo a ocorrência de infecções oportunistas. Os pacientes já são diagnosticados mais precocemente e o tratamento costuma ser iniciado antes de fases avançadas da doença.

Mas o HIV ainda não tem cura e ainda mata. Na verdade, quem leva ao óbito não é o HIV, mas sim as infecções oportunísticas e neoplasias secundárias à imunossupressão.

HPV

O HPV é um vírus transmitido principalmente pela via sexual, sendo, na verdade, a DST mais comum do mundo. Estima-se que até 10% da população mundial apresentem o vírus. Quando se leva em conta apenas pessoas jovens, a taxa de infecção pode ultrapassar 50% desta população em algumas regiões.

Conforme o tipo de HPV, pode ocorrer a formação de verrugas, que recebem o nome de condiloma acuminado (popularmente conhecidas como crista de galo). Uma pessoa pode estar infectada pelo HPV mesmo que não possua verrugas visíveis. O parceiro(a) contaminado também pode ou não desenvolver condilomas. O condiloma acuminado pode demorar até oito meses para se desenvolver após o contágio pela via sexual.

Nas mulheres as lesões do HPV genital costumam acometer a vulva, colo do útero, vagina, períneo e ânus. Nos homens as lesões do HPV costumam aparecer no pênis, próximo a glande. Outros pontos possíveis são a bolsa escrotal e o ânus, este último principalmente, mas não exclusivamente, após relação homossexual.

SINTOMAS – As verrugas genitais costumam ser assintomáticas, causando apenas desconforto estético no caso de condilomas grandes e visíveis. Às vezes, a verruga é tão pequena que o paciente nem se dá conta da sua existência. Em alguns casos, entretanto, podem haver queixas de comichão, dor, queimação, sangramento e, nas mulheres, corrimento vaginal.

As infecções genitais pelo HPV estão relacionadas a um maior risco de câncer anal, peniano, vaginal e de colo do útero. A prevalência do condiloma acuminado é maior em pacientes com imunossupressão, principalmente nos portadores de AIDS.

PREVENÇÃO E TRATAMENTO – Como o HPV é uma DST, o seu principal fator de risco é a prática de sexo sem preservativos, principalmente se for com vários parceiros(as). A camisinha diminui o risco de contágio, mas no caso específico do HPV, a sua eficácia parece ficar em torno de 70%, muito abaixo das de outras DSTs.

Para o tratamento do HPV utiliza-se substâncias como o nitrogênio líquido e podofilina. Nos condilomas grandes, a excisão cirúrgica ou a laser é muitas vezes necessária.

Existem vacinas contra o HPV, destinadas principalmente à prevenção do câncer de colo uterino, porém a vacinação não elimina a necessidade do exame preventivo anual já que não elimina em 100% o risco de câncer. A vacina ajuda também na prevenção do condiloma acuminado.

Fonte: MD.Saúde

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